terça-feira, 20 de agosto de 2013

Esperança...

Iniciativas públicas e privadas de reflorestamento garantem a preservação da cobertura vegetal de diversas partes do País

Reflorestamento

Ao menos 20% das áreas desmatadas na Amazônia, um dos biomas mais degradados do País, estão sob alguma forma de regeneração. Crédito: Agência Petrobras de Noticias


O reflorestamento é sinônimo de preservação ambiental. É alvo tanto de entidades e empresas preocupadas com a conversação da flora, bem como o setor de papel e celulose que planta árvores para garantir a produção nacional.
Apesar de alguns críticos afirmarem que florestas plantadas por empresas de celulose (e derrubadas posteriormente para fins comerciais) não são bons exemplos de reflorestamento, o pesquisador Dalton Valeriano, coordenador do Programa Amazônia, do Inpe, acredita que elas ajudam, indiretamente, no combate ao desmatamento. “Quanto maior a oferta de madeira e celulose proveniente das florestas plantadas, menor será a pressão para o desmatamento de novas áreas”, afirma. 
Segundo o último levantamento da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), em 2010 havia 2,2 milhões de hectares de florestas plantadas no País – ante o número de 1,5 milhão de hectares registrados em 2004. Somadas as áreas de preservação, como mananciais, que são reflorestados com mata nativa, por exemplo, este número sobe para 5,09 milhões de hectares. 
Independentemente do objetivo final do reflorestamento, os números atuais são animadores. Cerca de 20% das áreas desmatadas na Amazônia, estão sob alguma forma de regeneração – seja por meio de florestas plantadas ou secundárias, que se formam naturalmente após o desmatamento. Os dados são do Projeto TerraClass, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que avalia a situação ambiental dos oito estados que abrigam a Floresta Amazônica.
Outra forma de preservação são as florestas sustentáveis – locais que abrigam grande diversidade biológica, e que podem ser explorados de forma equilibrada, com o manejo consciente dos produtos locais, ou para fins turísticos. Graças aos contratos de concessão florestal,empresas e comunidades são autorizadas a extrair madeira, produtos não madereiros e oferecer serviços de turismo de forma sustentável e mediante pagamento. Por meio desta política, o poder público consegue combater a grilagem de terra e evitar que áreas de florestas sofram alteração de seu uso (convertidas, por exemplo, para agricultura ou pecuária). 
É o que acontece na Floresta Nacional do Tapajós, nas margens do rio que leva o mesmo nome, próximo à Santarém, no Pará. Nela vivem diversas populações locais que fazem uso do território, por meio de práticas sustentáveis e em equilíbrio com a floresta.
A atividade de manejo florestal madereiro é organizada por uma cooperativa local que reúne 182 cooperados entre pequenos produtores rurais, pescadores e seringueiros da região. Em 2009, a Cooperativa Mista da Floresta Nacional do Tapajós (Coomflona) recebeu o Prêmio Chico Mendes, categoria Negócios Sustentáveis, pela produção e comercialização sustentável. Naquele ano, por exemplo, foram vendidos 20 mil metros cúbicos de madeira retirados de uma área de 700 hectares (dos 32 mil autorizados). Os R$ 3,9 milhões arrecadados foram repartidos entre os associados. 

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