terça-feira, 20 de agosto de 2013

Reflorestamento responde por 100% da matéria-prima da celulose na Bahia, afirma Sindpacel

Reflorestamento responde por 100% da matéria-prima da celulose na Bahia, afirma Sindpacel
Prestes a completar 60 anos, o Sindicato das Indústrias de Papel, Celulose, Papelão, Pasta de Madeira para Papel e Artefatos de Papel e Papelão (Sindpacel) realizou na terça-feira, 23 de julho, um coquetel em Salvador para lançar o novo site da instituição, além de um relatório com dados econômicos e de sustentabilidade ambiental do setor na Bahia.
De acordo com dados do Anuário Bahia Indústria Florestal 2012, produzido pelo Sindpacel, a produção de madeira in natura na Bahia é caracterizado pela existência de 617 mil hectares de plantios florestais dos gêneros eucalyptos e pinus. "Hoje, 100% da nossa matéria-prima é proveniente de reflorestamento de eucalipto e pinus e temos, somente na Bahia, 527 mil hectares de área plantada e 279 mil hectares de área de florestas preservadas", destacou Jorge Cajazeira, presidente da entidade.
Ainda de acordo com a pesquisa, a Bahia extraiu 617 mil hectares de plantios florestais em 2012 - representando 9% da área total do país. O setor também gera mais de três mil trabalhos diretos e 12.500 indiretos no estado, que abrange mais de 5% da produção de celulose do Brasil.
Ainda na oportunidade, José Freitas Mascarenhas, presidente do sistema Fieb (Federação das Indústrias do Estado da Bahia), enfatizou a importância do setor para o desenvolvimento. “A indústria é, por excelência, um setor modernizador. É a indústria que traz a tecnologia, é a indústria que traz a exigência de qualidade dos serviços e da qualificação profissional. O setor que o Sindpacel representa tem um potencial muito grande para promover esse desenvolvimento e atrair investimentos futuros para o Estado”, destacou Mascarenhas.
Com nova identidade visual e site institucional, a entidade prevê um desenvolvimento no que diz respeito à comunicação com associados, imprensa, órgãos parceiros e sociedade civil organizada. "Alinhado a nossa governança corporativa, nosso site foi construído em cima da transparência. Somos uma entidade que preza pela sustentabilidade nas ações e ética nos processos", ressaltou Cajazeira, que também é diretor de relações institucionais da Suzano.

O reflorestamento no Brasil

O termo reflorestamento é referente à implantação da flora em um local onde havia uma anteriormente, e não existe mais em razão da degradação, que pode ter ocorrido por fatores naturais ou através da ação do homem – a exemplo do desmatamento. Deve-se ressaltar que o reflorestamento está relacionado à ideia de replantar, pressupondo que existia uma vegetação anterior, e  não simplesmente à ideia de plantar em um local que não havia nada antes.
Reflorestamento
Reflorestamento
A implantação da nova floresta pode ocorrer respeitando às espécies nativas da região, o que é o desejável, uma vez que contribui para o ecossistema e preserva a fauna local –procedimento que também pode ser chamado de regeneração. Outra forma de replantar é a que ocorre com espécies não locais, que muitas vezes descaracterizam e desestruturam o ecossistema. Um grande exemplo deste último modo são as fábricas de celulose, que utilizam este sistema de reflorestamento ou as indústrias que utilizam celulose e replantam eucalipto.
Grande parte do reflorestamento hoje em dia ocorre por conta das políticas governamentais que incentivam tal prática, e possuem até mesmo sanções para evitar a prática do desmatamento. O Código Florestal (a Lei 4.771 de 15 de setembro de 1965) é a legislação responsável atualmente, entre outras leis esparsas, sobre o florestamento e o reflorestamento, sobre a preservação da flora, com medidas práticas e até mesmo punitivas visando tais fins.
Reflorestamento Brasil
Reflorestamento Brasil
Como grande parte do reflorestamento é realizado visando à utilização da madeira nas atividades industriais (principalmente as fábricas de papéis, que necessitam da celulose em seus processos produtivos), as árvores utilizadas no reflorestamento são de espécies com algumas particularidades.  A predileção é pelas árvores que têm um crescimento acelerado, de modo que o seu corte possa ser realizado dentro do menor período possível, resistente às pragas, de grande porte e de fácil manejo, razão pelas quais as árvores de Eucalipto, dentre as suas diversas espécies, assim como os Pinus, são as mais frequentemente utilizadas em reflorestamentos.
Algumas empresas, além das políticas governamentais para as pessoas físicas e jurídicas, realizam, por conta própria, o reflorestamento em nosso país, sendo muitas delas estrangeiras. A empresa Texaco, por exemplo, juntamente com a Sociedade de Pesquisa em Vida Silvestre e Educação Ambiental (SPVS) e a The Nature Conservancy (TNC), atuam no Estado do Paraná. No mesmo Estado, ainda temos o reflorestamento realizado pela American Electric Power e pela General Motors.
Dentre as empresas brasileiras que realizam o reflorestamento em nosso território ou ao menos têm projetos que visam tal fim, podemos destacar a Vale do Rio Doce, e a Petrobrás, que realizam investimentos em diversas áreas.
Reflorestamento No Brasil
Reflorestamento No Brasil
Um dos maiores problemas enfrentados atualmente pelo reflorestamento, além de realizá-lo de modo a combater o crescente desmatamento em nossas florestas é a preservação da vegetação nativa de cada bioma em particular, preservando a diversidade da flora, em contraposição aos reflorestamentos de eucalipto somente. Felizmente existem empresas que vendem mudas e sementes nativas para o reflorestamento, a exemplo do projeto Matas Nativas, e da Arbórea Ambiental.

Esperança...

Iniciativas públicas e privadas de reflorestamento garantem a preservação da cobertura vegetal de diversas partes do País

Reflorestamento

Ao menos 20% das áreas desmatadas na Amazônia, um dos biomas mais degradados do País, estão sob alguma forma de regeneração. Crédito: Agência Petrobras de Noticias


O reflorestamento é sinônimo de preservação ambiental. É alvo tanto de entidades e empresas preocupadas com a conversação da flora, bem como o setor de papel e celulose que planta árvores para garantir a produção nacional.
Apesar de alguns críticos afirmarem que florestas plantadas por empresas de celulose (e derrubadas posteriormente para fins comerciais) não são bons exemplos de reflorestamento, o pesquisador Dalton Valeriano, coordenador do Programa Amazônia, do Inpe, acredita que elas ajudam, indiretamente, no combate ao desmatamento. “Quanto maior a oferta de madeira e celulose proveniente das florestas plantadas, menor será a pressão para o desmatamento de novas áreas”, afirma. 
Segundo o último levantamento da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), em 2010 havia 2,2 milhões de hectares de florestas plantadas no País – ante o número de 1,5 milhão de hectares registrados em 2004. Somadas as áreas de preservação, como mananciais, que são reflorestados com mata nativa, por exemplo, este número sobe para 5,09 milhões de hectares. 
Independentemente do objetivo final do reflorestamento, os números atuais são animadores. Cerca de 20% das áreas desmatadas na Amazônia, estão sob alguma forma de regeneração – seja por meio de florestas plantadas ou secundárias, que se formam naturalmente após o desmatamento. Os dados são do Projeto TerraClass, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que avalia a situação ambiental dos oito estados que abrigam a Floresta Amazônica.
Outra forma de preservação são as florestas sustentáveis – locais que abrigam grande diversidade biológica, e que podem ser explorados de forma equilibrada, com o manejo consciente dos produtos locais, ou para fins turísticos. Graças aos contratos de concessão florestal,empresas e comunidades são autorizadas a extrair madeira, produtos não madereiros e oferecer serviços de turismo de forma sustentável e mediante pagamento. Por meio desta política, o poder público consegue combater a grilagem de terra e evitar que áreas de florestas sofram alteração de seu uso (convertidas, por exemplo, para agricultura ou pecuária). 
É o que acontece na Floresta Nacional do Tapajós, nas margens do rio que leva o mesmo nome, próximo à Santarém, no Pará. Nela vivem diversas populações locais que fazem uso do território, por meio de práticas sustentáveis e em equilíbrio com a floresta.
A atividade de manejo florestal madereiro é organizada por uma cooperativa local que reúne 182 cooperados entre pequenos produtores rurais, pescadores e seringueiros da região. Em 2009, a Cooperativa Mista da Floresta Nacional do Tapajós (Coomflona) recebeu o Prêmio Chico Mendes, categoria Negócios Sustentáveis, pela produção e comercialização sustentável. Naquele ano, por exemplo, foram vendidos 20 mil metros cúbicos de madeira retirados de uma área de 700 hectares (dos 32 mil autorizados). Os R$ 3,9 milhões arrecadados foram repartidos entre os associados. 

Vegetação Litoranea

Localização: Litoral Brasileiro.


Características: Estende-se ao longo do litoral brasileiro, apresenta mangues, gramas ralas e palmeiras.


Pantanal

Localização: Região Centro Oeste.


Características: Esta vegetação depende de clima quente, com períodos de seca e de chuva. É constituída por plantas do cerrado, das florestas tropicais úmidas e até mesmo da caatinga, reunidas em conjunto.


Campo

Localização: Região Sul.


Características: Caracterizam-se pela predominância de gramíneas e aparecem no clima frio, como também em climas quentes, com chuvas regulares.


Cerrado

Localização: Região Nordeste, Centro Oeste e Sudeste.


Características: Vegetação formada por gramíneas, arbustos e árvores baixas.Seus trocos e ramos são protegidos por uma casca grossa.É tipica de áreas que predomina o clima tropical, que tem duas estações bem definidas:verão chuvoso e inverno seco.Apesar de cobrir áreas nas quais o clima apresenta uma estação seca, esta vegetação é úmida , pois muitas de suas plantas são adaptadas para retirar água do solo, que nas regiões de cerrado é drenado por uma grande quantidade de rios.